Descrição: | Saiba o que faz o profissional de turismo e veja se combina com você.
Viajar e ainda ganhar dinheiro: a combinação parece tentadora
para um jovem a um passo de ingressar no mercado de trabalho.
Esse é o lado glamoroso do mercado para quem faz a faculdade de
turismo. Mas nem tudo é tão perfeito. No Brasil, por exemplo,
muitas vezes a falta de infra-estrutura ofusca um pouco o brilho
do cotidiano da carreira. O profissional de turismo é o tema do
Guia de Carreiras do G1 desta terça-feira (2).
Aí é que entram as habilidades do bacharel em turismo: é ele que
tem de aliar o conhecimento à capacidade de planejamento e ao
jogo de cintura para oferecer alternativas viáveis – e por que
não dizer, rentáveis – de viagens, eventos, atrações,
transportes, acomodações.
“O que a gente fala é que gostar de viajar é
fundamental para quem vai fazer a faculdade. Mas não é o mais
importante”, afirma a professora do curso de turismo da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mariana de Oliveira
Lacerda. “É necessário ter sensibilidade para perceber a
potencialidade do território e das pessoas, perceber as
características e as limitações.”
Pareceu difícil? Bom, em termos práticos, o
profissional de turismo deve saber que criar um parque aquático
gigante em uma região pobre pode ser uma má idéia. Primeiro, o
negócio pode ir por água abaixo economicamente e ficar sem
clientes; e segundo, o empreendimento deve procurar ficar de
acordo com características locais que podem gerar renda.
O que se espera de alguém que vai para a área é
facilidade de comunicação para lidar com o público, conhecimento
de idiomas e dinamismo. “O perfil do curso é para pessoas
abertas e que não tenham problema de trabalhar nas férias, pois
quando os outros estão de férias é que surgem as melhores
oportunidades”, diz o coordenador do curso da Universidade
Federal Fluminense (UFF), Aguinaldo César Fratucci.
De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC) há cerca de
700 cursos superiores (2007) que levam turismo no nome. Alguns são
turismo e hotelaria, outros são gestão de turismo e há ainda os
que são turismo e ponto. Por isso, vale conferir a grade horária
e o currículo da instituição que oferece o curso.
Basicamente, quatro grandes áreas devem ser
abordadas na formação: os processos de agenciamento, o
transporte turístico, hospedagem e o planejamento de eventos. As
ênfases variam conforme a faculdade e a região em que está
instalada. Um ponto a ser observado, segundo os especialistas
ouvidos pelo G1, é se o curso oferece trabalhos
de campo e atividades práticas.
Outra diferença acontece na modalidade dos cursos:
alguns são de bacharelado e outros são tecnológicos. O
bacharelado é um curso mais longo e, segundo as regras do MEC,
deve ter tempo mínimo de três a quatro anos para conclusão,
porque nele é oferecida a visão global de planejamento do
turismo. Já o tecnológico, mais curto, aborda principalmente as
aplicações e pode tratar das particularidades da hotelaria, por exemplo.
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