rea ambiental expande mercado de trabalho para os bilogosPara trabalhar com meio ambiente necessrio dominar leis e ser proativo.
Se há pouco tempo, o mercado de trabalho ficava restrito às áreas da saúde ou ensino, hoje a realidade dos biólogos é outra. Quem gosta de plantas e animais, domina a legislação e possui perfil empreendedor tem boas chances de conquistar uma vaga na área ambiental, que ampliou as oportunidades aos biólogos e criou um nicho que absorve também os recém-formados. Institutos de pesquisa na iniciativa pública ou privada, museus zoológicos e reservas naturais são locais que empregam os profissionais que estudam a vida e se enveredam para o meio ambiente. Também há opção de trabalhar como autônomo prestando consultoria a empreendimentos que têm de construir sem desrespeitar a natureza. “Um biólogo pode trabalhar no diagnóstico da área, levantar o impacto ambiental que será gerado pela ação até o final da cadeia produtiva, e fazer a compensação ambiental, por exemplo”, diz Daniel Martins, de 31 anos, biólogo do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, localizado no Parque Anhanguera, em São Paulo. Para Martins, o profissional formado em biologia não sai da faculdade pronto, por isso após a graduação, é necessário se especializar, conhecer a dinâmica do que está fora da sala de aula para buscar oportunidades de trabalho que não faltam para quem tem curiosidade e vontade de aprender. No Centro de Reabilitação, que funciona como uma espécie de setor de fisioterapia animal, Martins cuida de bichos machucados encaminhados pela Prefeitura que precisam voltar para a natureza. Atualmente há 180 – a maioria é ave de rapina. Alguns precisam reaprender a voar, outros a caçar. Eles são treinados por cerca de quatro meses para, enfim, serem soltos. (Foto: Arte/G1)
Xodó Batizada de Estrela, a ave está com a asa esquerda deteriorada e completou a terceira semana de treino de falcoaria. Estrela pega a comida na mão de Martins e responde aos comandos de um apito. Só come quando consegue parar na mão do biólogo. Quando não consegue, retorna o banco e tenta um novo voo, como espécie de punição. Estrela não vai voltar para natureza porque a lesão na área a impede de fazer grandes voos. Martins pretende aproveitar a coruja para um trabalho de educação ambiental que está sendo estudado. Cerca de 50% dos animais que chegam ao local são recolocados à vida livre. A taxa é considerada acima da média, se comparada aos demais centros de triagem do país. |