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Esgrima

Entende-se por esgrima como o combate em que s�o utilizadas armas brancas para atacar e defender-se.

Inicialmente, era utilizado para ca�a e sobreviv�ncia. Entretanto, com a evolu��o das armas e da humanidade, passou a se tornar arma de combate, sendo abolida somente com o surgimento das armas de fogo.

Atualmente existe apenas a esgrima esportiva, sendo esta dividida em tr�s diferentes tipos de armas: espada, florete e sabre, representando os antigos armamentos utilizados em combate e treino.

Hist�ria

Para os povos da Antiguidade, o manuseio da espada era fundamental, tendo em vista as constantes guerras e batalhas travadas. Mas as armas tamb�m tinham car�ter l�dico. No Egito antigo, por exemplo, as disputas com objetos que mais pareciam lan�as serviam de comemora��o para vit�rias nas guerras. Naturalmente, as espadas evolu�ram ao longo dos anos, tornando-se mais leves e mais f�ceis de manusear. A inven��o da p�lvora, no entanto, reduziu a utiliza��o das l�minas em batalhas. Restou ao lado esportivo manter a tradi��o viva.

Os primeiros esgrimistas reconhecidos foram os franceses Daner, Lafaug�re e Juan Luis. Eles estavam entre os mestres que participaram do encontro que come�ou a definir a t�cnica da esgrima. Assim, surgiram as regras que consideravam a maneira de tocar a espada no rival mais importante do que o local do golpe.

A Federa��o Internacional de Esgrima s� foi criada em 1913. O primeiro Campeonato Mundial da modalidade aconteceu em 1921, em Paris. Mas a hist�ria da esgrima nos Jogos Ol�mpicos come�ou antes. J� em Atenas-1896 houve provas do esporte. Desde ent�o, a esgrima nunca deixou de estar presente em uma edi��o das Olimp�adas.

Curiosidades

Canhoto por influ�ncia
Um dos maiores esgrimistas da hist�ria das Olimp�adas, o italiano Edoardo Mangiarotti conquistou seis medalhas de ouro, cinco de prata e duas de bronze entre os Jogos de Berlim-1936 e Roma-1960. Ele s� fica atr�s do h�ngaro Aladar Gerevich, outra lenda da modalidade, que conquistou sete ouros.

Edoardo conquistou as medalhas utilizando a m�o esquerda. Virou canhoto por influ�ncia do pai e mestre de esgrima, Giuseppe Mangiarotti. Seguindo uma tradi��o familiar, Giuseppe ensinava a arte do esporte para cada um de seus filhos quando a crian�a completava oito anos. No caso do ca�ula Edoardo, o pai fez um esfor�o extra: ensinou o menino a empunhar a espada com a m�o esquerda para surpreender os advers�rios nos duelos. O resultado foi quase imediato. Aos 11 anos, Edoardo j� era campe�o italiano j�nior. A ousadia de Giuseppe foi coroada com as 13 medalhas ol�mpicas conquistadas por Edoardo.

Do ouro � pol�tica
O franc�s Jean Fran�ois Lamour sofreu com a goza��o dos colegas. Ele era o �nico esgrimista do time franc�s de 1980 que ainda n�o tinha subido ao p�dio ol�mpico. Quatro anos mais tarde, ele chegou l� e foi campe�o no sabre individual nos Jogos de Los Angeles-1984. Mas o boicote comunista �quela edi��o fez com que o t�tulo de Jean Fran�ois fosse desdenhado na pr�pria Fran�a, recebendo o apelido de �medalha de chocolate�.

Em Seul-1988, l� estava Jean Fran�ois novamente. Desta vez a competi��o reuniu a elite mundial da esgrima. O franc�s chegou aos Jogos credenciado como campe�o do mundo em 1987 e confirmou o favoritismo, apagando de vez as brincadeiras em rela��o a seu talento. Depois de se aposentar da esgrima, Jean Fran�ois Lamour resolveu atacar em outra �rea: a pol�tica. Nela, tamb�m teve sucesso, j� que ocupou recentemente o cargo de ministro da Juventude e dos Esportes da Fran�a.








Regras

Nos Jogos Ol�mpicos, as competi��es de esgrima s�o disputadas em elimina��o direta simples. H� disputas em tr�s tipos de armas: o sabre, a espada e o florete. Com qualquer um dos instrumentos, ocorrem torneios individuais. Por equipes, formadas por tr�s atletas de cada pa�s, as competi��es n�o est�o em todas as armas. Em Pequim, a espada e o sabre ter�o provas por time no masculino e o florete e o sabre no feminino.

No individual, o vitorioso � quem atingir 15 pontos, ou quem tiver a maior pontua��o ao final de tr�s tempos de tr�s minutos cada. Se o tempo terminar, e a disputa estiver empatada em menos de 15 pontos, disputa-se uma prorroga��o de um minuto at� algu�m marcar um ponto.

Em equipes, quando um dos atletas atinge cinco pontos, entram outros dois para continuar o combate, seguindo o placar deixado pelo companheiro, e assim por diante, at� que uma das equipes chegue a 45 pontos.

A pista de esgrima tem 14 metros de comprimento, mais 1,5 m a 2 m de recuo, zonas que tamb�m podem ser utilizadas. A largura da pista � de 1,5 m a 2 m. A pista ideal � elevada do ch�o e usada com uma malha condutiva aterrada para o uso eletr�nico. Se um esgrimista sair da pista lateralmente para fugir de um golpe, poder� retornar, por�m dever� andar 1 m para tr�s. Se sair pelo fundo, ser� dado ponto para o advers�rio.

As vestimentas de esgrima s�o tradicionalmente brancas, al�m da m�scara protetora, luva na m�o armada e um colete protetor para os homens enquanto as mulheres usam protetores especiais para os seios. Atualmente a Federa��o Internacional de Esgrima (FIE) autoriza a utiliza��o de roupas coloridas, inclusive com adi��o de logos de patrocinadores.

Os pontos s�o marcados toda vez que as armas tocam ou raspam o corpo do atleta. Na espada, a ponta � retr�til e qualquer toque, dos p�s � cabe�a, � valido. J� no florete a ponta da arma s� pode tocar o tronco do advers�rio. No sabre, qualquer rasp�o acima da cintura j� vale ponto. Os lados da arma tamb�m s�o v�lidos para tocar o corpo do advers�rio.

Pontos eletr�nicos sem fio contam os toques. Quando o atleta � esquerda da mesa toca seu advers�rio em uma regi�o v�lida, a luz verde � acesa. Quando � o atleta � direita que toca o oponente, acende-se a vermelha. Se o golpe atingir uma regi�o do corpo que n�o � v�lida, uma luz branca � acesa.

As faltas mais constantes na esgrima s�o o corpo-a-corpo e a sa�da da pista, al�m de dar as costas para o advers�rio e usar a m�o n�o armada. Ao cometer uma falta, o atleta recebe um cart�o amarelo. Na reincid�ncia, recebe um cart�o vermelho, o que acarreta um ponto a favor do advers�rio. No caso de uma falta mais grave, o atleta pode chegar a receber o cart�o preto, que determina sua expuls�o ou exclus�o da prova.

Voc� sabia?

O florete, uma das armas utilizadas na esgrima, foi inventado para ensinar os atletas a treinar, curiosamente, com a espada. Ap�s muito tempo a arma foi incorporada nas competi��es internacionais. A diferen�a de uma modalidade para a outra � que no florete a regi�o que conta pontos � apenas o tronco do advers�rio.

A Confedera��o Brasileira de Esgrima j� adotou um m�todo controverso para avaliar os atletas. Para poderem representar o Brasil em qualquer competi��o, todos deveriam se submeter a um teste de atletismo. Nele, precisavam cumprir uma determinada dist�ncia em 12 min. Para os homens, eram 3 km, enquanto as mulheres faziam 2,6 km.

Antigamente, quando as roupas dos esgrimistas ainda n�o contavam com dispositivos eletr�nicos para acusar os golpes, era comum mergulhar as espadas em tinta para que qualquer toque ficasse vis�vel no corpo do advers�rio. J� no sabre, as regras com aparelhos eletr�nicos foram adaptados em 1988, nos Jogos Ol�mpicos de Seul, na Cor�ia do Sul.

Em Paris-1900, o franc�s Gustave Sandras, de 1,59 m de altura, pesando 63 kg e com 18 anos de idade, ganhou o concurso geral da esgrima, disputado em 11 provas contra 133 advers�rios. Ram�n Fonst - de apenas 16 anos - venceu a prova de espada para mestres de armas, dando a primeira medalha de ouro para Cuba e a primeira para a Am�rica Latina.

Atividade: 7654 - Esgrima
Descrição: Conheça esse esporte, mas não saia por ai cruzando espadas.
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Fonte:

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