![]() ![]() Hist�ria Influenciado pelo t�nis, Morgan decidiu colocar uma rede entre as duas equipes, evitando assim o contato f�sico caracter�stico do basquete. Inicialmente, a rede foi colocada a uma altura de 1,98m. O jogo foi batizado pelo professor Morgan de �mintonette�, mas a movimenta��o e o estilo de se praticar rapidamente o transformaram em �volley� � �torrente�, em ingl�s �, palavra que descreve tamb�m o �voleio�, jogada t�pica do t�nis. A expans�o da modalidade foi algo impressionante. Apenas um ano depois de sua cria��o, nos Estados Unidos, j� havia praticantes no outro lado do mundo, em pa�ses como o Jap�o. A dissemina��o ocorreu de uma forma t�o r�pida e eficiente que hoje o esporte det�m uma marca grandiosa: a Federa��o Internacional de V�lei (FIBV, em ingl�s) � a federa��o que mais possui pa�ses filiados entre todos os esportes, com 220. A hist�ria da modalidade nas Olimp�adas tem um fato interessante e at� incomum. Em T�quio-1968, o v�lei entrou no programa ol�mpico simultaneamente no masculino e no feminino. Desde a estreia, quando a Uni�o Sovi�tica, entre os homens, e o Jap�o, entre as mulheres, conquistaram as primeiras medalhas de ouro, a modalidade n�o deixou de ser ol�mpica. No Brasil o v�lei virou um modelo de sucesso a ser seguido por outros esportes. Emplacando uma gera��o vencedora atr�s da outra, de Atenas-2004 a Londres-2012, o Brasil n�o ficou de fora do p�dio uma vez sequer. Nesse per�odo, o pa�s conquistou um ouro (2004) e duas pratas (2008 e 2012) no masculino, al�m de dois ouros (2008 e 2012) no feminino. Volta por cima Muito criticados, treinador, comiss�o t�cnica e jogadoras viveram quatro anos sob os olhares de desconfian�a tanto da torcida quanto da imprensa brasileira. Mas em Pequim-2008 veio a reden��o. Depois de atropelar o Jap�o nas quartas e a China na semifinal, as meninas do Brasil finalmente chegaram � final ol�mpica. As advers�rias eram as norte-americanas, que passaram com facilidade por Cuba � arquirrival do Brasil. Seguras, as comandadas de Jos� Roberto Guimar�es � campe�o ol�mpico em Barcelona-1992 com os homens � venceram por 3 sets a 1 e conquistaram o in�dito ouro ol�mpico. Com a fama de perder as finais mais importantes exorcizada em Pequim, o Brasil quase p�s tudo a perder em Londres-2012. Com uma campanha irregular, a Sele��o se classificou com dificuldades na primeira fase. Perdeu para a Coreia do Sul e para os Estados Unidos e encontrou as temidas russas logo nas quartas de final. A classifica��o para as semifinais foi suada: 3 sets a 2 na R�ssia. J� a vaga para a final foi mais tranquila: 3 sets a 0 no Jap�o. A decis�o foi um drama � parte. Derrotadas pelas fort�ssimas norte-americanas na primeira fase, as brasileiras perderam o primeiro set por inacredit�veis 25/11, em apenas 21 minutos. Mas o dom�nio dos Estados Unidos acabou ali. Com parciais de 25/17, 25/20 e 25/17, o Brasil virou a partida e conquistou o bicampeonato ol�mpico na Inglaterra. M�todos r�gidos O precursor desse �estilo� foi o japon�s Hirofumi Daimatsu. Gerente do departamento de contabilidade de uma f�brica de tecelagem, da qual sa�ram 10 de suas 12 jogadoras, Daimatsu era um �general�. Al�m das rotinas massacrantes de treino, que duravam seis horas, sete dias por semana, o japon�s insultava e chegava a bater em suas comandadas. Mesmo com os m�todos nada louv�veis, as japonesas, sob o comando de Daimatsu, foram campe�s ol�mpicas em T�quio-1964, vencendo todas as partidas e cedendo apenas um set. O �tirano� mais famoso, no entanto, � o russo Nikolay Karpol. Formado pela escola sovi�tica, o comandante gritava tanto com suas jogadoras nos tempos t�cnicos que constrangia quem estivesse assistindo ao jogo. O comportamento de Karpol, bicampe�o ol�mpico em 1980 e 1988, fez com que ele fosse vaiado por torcidas ao redor do mundo. Apesar do temperamento explosivo, o russo � um dos maiores vencedores do esporte e tem seu nome eternizado no Hall da Fama do v�lei. |