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Como se preparar para a leitura obrigatória


Atividade: 4448 - Como se preparar para a leitura obrigatória
Descrição: Saiba como se preparar para a leitura obrigatória da Fuvest e da Unicamp. Cursinhos recomendam que lista obrigatória seja lida 'com calma'. Professores dão dica: 'é melhor começar pelos mais fáceis'.

Apesar das mudanças aprovadas para o vestibular da Fuvest – que seleciona candidatos para a Universidade de São Paulo (USP) - um conteúdo certamente continuará sendo cobrado dos alunos nas questões de português em ambas as fases: as obras de literatura que compõem a lista de leitura obrigatória. E, segundo professores de cursinho, o segredo para um estudo eficiente dos livros é iniciar o quanto antes uma leitura programada e atenta de cada livro.

As nove obras da lista, válida também para o vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), devem ser lidas 'sem desespero', segundo a coordenadora de língua portuguesa do cursinho Etapa, professora Célia Passoni.

'É preciso desenvolver uma leitura concentrada de cada obra. Se o aluno não leu nenhuma delas durante o período escolar, é ainda mais importante fazer isso com calma', diz a professora. Segundo ela, para aproveitar bem o estudo das leituras obrigatórias, seria ideal que o aluno desenvolvesse um plano de leitura ao longo do ano, priorizando as obras mais fáceis de ler.

Nelson Dutra , professor de português do cursinho Objetivo, concorda quanto à sequência, e acrescenta: 'na lista desse ano a Fuvest facilitou a vida dos vestibulandos, selecionando livros mais amigáveis'. Para ele, o vestibular está buscando uma bibliografia mais próxima da realidade dos alunos.

Sequência

Para Célia Passoni, uma boa sequência de leitura priorizaria os livros 'Capitães de Areia', de Jorge Amado; 'O Cortiço', de Aluísio Azevedo; 'Memórias de um Sargento de Milícias', de Manoel Antônio de Almeida; 'Vidas Secas', de Graciliano Ramos; e 'A Cidade e as Serras', de Eça de Queirós.

'O livro de José de Alencar, ‘Iracema’, também não é complicado e pode ser um dos primeiros. O único problema que o vestibulando pode enfrentar com este livro diz respeito ao vocabulário, com muitas expressões indígenas. Mas se o aluno estudar um pouco sobre o contexto no qual a obra foi escrita, vai compreender melhor a obra como todo', diz o professor Nelson Dutra.

Das obras escritas em prosa, 'Dom Casmurro', de Machado de Assis, é a mais complexa, na opinião dos professores. Segundo Dutra, a 'riqueza interpretativa' e a 'ambiguidade presente na obra' demandam uma leitura cuidadosa.

Para relaxar

Para a coordenadora de português do Etapa, as duas obras restantes, a peça 'Auto da Barca do Inferno', de Gil Vicente e a coletânea de poesias 'Antologia Poética', de Vinicius de Moraes, são obras que não entram na programação de leitura.

'Poesia e teatro não são textos para se ler de contínuo, como se faz com prosa. É leitura gradual, de momento, para ser lida aos poucos. Um bom jeito para se estudar essas obras é o seguinte: estude o dia inteiro todas as matérias que foram vistas naquele dia. À noite, para relaxar, leia duas ou três poesias, ou uma parte do ‘Auto’, sempre tentando imaginar o que o autor quis dizer no trecho analisado.'

Não basta ler

Dificilmente os vestibulares cobrarão apenas a história ou o conteúdo das obras. 'A Unicamp costuma cobrar determinados pontos do enredo dos livros, mas tanto ela quanto a Fuvest cobram também análises mais profundas', diz Célia.

Portanto, além de conhecer os livros, os vestibulandos também devem ser capazes de relacioná-los entre si. 'Para fazer uma boa prova, é preciso estar amparado por um conhecimento mais amplo da teoria literária e até mesmo de história, para contextualizar corretamente as obras', explica a professora.

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Fonte: http://g1.globo.com

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