A deficiência auditiva é definida como a diminuição da capacidade de percepção do som. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma a cada quatro pessoas terá algum grau de perda auditiva até 2050. Estes dados destacam a importância da prevenção da perda auditiva. A deficiência auditiva pode levar ao isolamento social, à depressão e impacta diretamente na qualidade de vida do indivíduo.
Já o zumbido não é considerado uma doença e sim um sintoma. Consiste numa sensação ilusória de som percebida apenas pelo paciente. Pode ser identificado em um ou em ambos ou ouvidos e pode ser semelhante ao barulho de apito, chiado, barulho de chuva, sino, dentre outros.
Na maioria dos casos, o zumbido aparece como consequência de uma perda auditiva. A exposição a ruídos altos constantemente e sem proteção, como shows, uso de fones de ouvidos, ruído ocupacional, entre outros casos, pode afetar a audição. Para tentar compensar a perda de audição, as estruturas do ouvido trabalham mais, provocando assim o zumbido.
O zumbido também pode estar relacionado a outros fatores como diabetes, hipertensão arterial, disfunção temporomandibular (DTM), uso de substâncias como cafeína, álcool e tabagismo. Por isso, destaca-se a importância de um acompanhamento multidisciplinar para detecção da causa e estabelecimento do tratamento adequado para cada paciente.
Seja para deficiência auditiva, seja para zumbido, a identificação é o primeiro passo para a eficácia do tratamento. A triagem auditiva ao longo da vida, permite que a perda de audição possa ser identificada o mais cedo possível. O exame mais realizado na prática clínica é a audiometria. É um exame simples, rápido, prático e indolor. Pode ser realizado por médico otorrinolaringologista ou por um fonoaudiólogo.
Em 10 de Novembro é o dia nacional da surdez. Veja 6 dicas para preservar sua audição:
- Nunca coloque objetos pontiagudos dentro dos ouvidos (como tampas de caneta, grampos de cabelo e palitos de fósforo).
- As hastes flexíveis (cotonetes) só devem ser usadas na parte externa da orelha e nunca dentro do canal auditivo.
- Use fones de ouvido com moderação. A exposição prolongada e volume alto podem causar perda auditiva irreversível.
- Não se automedique. Há certos remédios, chamados de ototóxicos, que podem prejudicar a saúde dos ouvidos.
- Se você trabalha exposto a ruídos, utilize sempre Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
- Realize o exame de audiometria pelo menos uma vez ao ano.
Contribuição técnica:
1T (RM2-S) Gabriela Souza de Melo
Fonoaudióloga da Policlínica Naval
de São Pedro da Aldeia