As bandeiras são símbolos de uma nação, de um Estado, município. São empunhadas, balançadas, penduradas em janelas. Usadas como marco em expedições, seja nas montanhas mais altas do mundo, seja na Lua. Sempre quadriláteros, retângulos em sua maioria.
Não no Nepal. O micro país conhecido por ter o "topo do mundo", o monte Everest, em seu território ostenta como símbolo maior uma bandeira de formato geométrico sem nome definido. Há até um ângulo reto presente, no canto inferior esquerdo, mas para por aí. Seu lado direito e seu topo são formados por triângulos.
Na verdade, sua bandeira é uma junção de outras duas, que provém de diferentes partes da antiga Dinastia Rana, que governava o país. Sua borda azul representa a paz. Já o vermelho... Não, não é exatamente vermelho. A cor oficial que domina o maior espaço da bandeira é o carmesim, tom forte de vermelho. Já os dois símbolos retratam o cosmo da forma como seria vista do espaço sideral por uma pessoa, de acordo com a crença de quando se criou a bandeira.
A partir daí surge a explicação para o diferente formato. A bandeira é constituída por dois triângulos, um acima do outro, cada um contendo um dos símbolos retratado. Na parte inferior está o Sol iluminando e na superior a Terra surge como a meia lua de sombra abaixo de um astro no momento do crepúsculo. É como se o fenômeno fosse visto simultaneamente por alguém presente na Terra e alguém no espaço.
Confuso? Pois tudo isso, na cultura nepalesa, é derivado da crença que diz que a bandeira é um presente de Vixnu (ou Vishnu), Deus da mitologia hindu que é responsável pela manutenção do universo.
Porém, atualmente, se diz de forma simplificada que os símbolos são "apenas" representações da esperança de que o Nepal dure tanto quanto o Sol, a Terra e as estrelas. Realmente, mais fácil, não?